Maria Firmina dos Reis educadora y escritora del siglo XIX.

Maria Firmina dos Reis nació en la isla de San Luis ( Brasil), el 11 de octubre de 1825. Hija de João Pedro Esteves y Leonor Felipe dos Reis. En 1830, se trasladó a la localidad de San José de Guimarães, municipio de Viamão. Vivió la mayor parte de su vida en la casa de una tía materna. Este acontecimiento habría sido crucial para su formación. Como parte de esta formación,  fue animada por el escritor y gramático Sotero dos Reis,  primo de su madre, a  dedicarse a  la búsqueda del conocimiento.

En 1847, fue candidata a educaciadora de Primaria en el municipio de Viamão, fue aprobada. En esta región, ejerció la  profesión de maestra de primeras letras, 1847-1881.

En 1859, publicó lo que se considera su obra maestra y una de las primeras novelas de la literatura brasileña abolicionistas - Ursula. Es la narración de las condiciónes de la población negra en Brasil. El trabajo  se ha clasificado como uno de los primeros escritos de una mujer negra brasileña con fuertes elementos de inmersión en la tradición africana.

Maria Firmina vivió en un contexto de segregación social y racial extrema. Ante este escenario, se puede considerar la novela Ursula un acto de valor. Sin embargo, como era común en un momento en que las mujeres vivían sometidas a numerosas limitaciones y prejuicios, especialmente las mujeres negras, la educadora y escritora omite su nombre como autor, utilizando sólo el nombre "Un Maranhense". Los problemas de la población negra y su estatus en la sociedad  preocuparon y movilizan esta  educadora. Luego, en 1887, escribió una historia corta sobre el mismo tema, "El esclavo", y en 1871 publicó un libro de poemas Cantos de mar.

Maria Firmina no  tenía posesiones, pero no vivía en la pobreza. Ocupó un lugar intermedio, pero más cerca de la pobreza que la riqueza. Fue profesora de primeras letras y colaboradora de revistas literarias, publicaciónes de la poesía,  ficción y  crónica. Al retirarse a principios de los años 1880,  fundó la primera escuela mixta libre en el estado de Maranhao. Esta iniciativa provocó un escándalo en el pueblo de Macaricó, y la escuela fue cerrada.

Murió el 11 de noviembre de 1917, en Guimarães, el municipio del estado de Maranhão. Tuvo una vida dedicada a la lectura y la escritura, revelando  nuevos horizontes para las mujeres negras brasileñas.

Señor Dios ! cuando calará en el pecho del  hombre  tu sublime máxima – ama a tu próximo como a ti mismo –  y dejará de oprimir con tan reprensible  injusticia a su semejante !...

Senhor Deus! quando calará no peito do homem a tua sublime máxima – ama a teu próximo como a ti mesmo – e deixará de oprimir com tão repreensível injustiça ao seu semelhante!...

Maria Firmina dos Reis nasceu na ilha de São Luís do Maranhão, em 11 de outubro de 1825. Filha de João Pedro Esteves e Leonor Felipe dos Reis. Em 1830, mudou-se para a Vila de São José de Guimarães, município de Viamão. Viveu parte de sua vida na casa de uma tia materna. Esse acolhimento teria sido crucial para a sua formação. Como parte dessa formação, foi incentivada pelo escritor e gramático Sotero dos Reis, seu primo por parte de mãe, a dedicar-se na busca pelo conhecimento.

Em 1847, concorreu à cadeira de Instrução primária no município de Viamão, sendo aprovada. Nessa região, exerceu a – profissão como professora de primeiras letras, de 1847 a 1881.

Em 1859, publicou o que é considerada sua principal obra e um dos primeiros romances abolicionistas da literatura brasileira – Úrsula. Em que narra a condição da população negra no Brasil. Obra classificada como um dos primeiros escritos de uma mulher negra brasileira e com forte imersão em elementos da tradição africana.

Maria Firmina viveu em um contexto de extrema segregação social e racial. Tendo em vista esse cenário, podemos considerar o romance Úrsula um ato de coragem. No entanto, como era comum numa época em que as mulheres viviam submetidas a inúmeras limitações e preconceitos, principalmente as mulheres negras, a educadora e escritora omite seu nome como autora, utilizando apenas a designação “Uma Maranhense”. As questões da população negra e sua condição na sociedade inquietava e mobilizava a educadora. Então, em 1887, escreveu um conto sobre o mesmo tema, “A escrava”, e, em 1871, publicou a obra de poesias Cantos à beira-mar.

Busto de Maria Firmina dos Reis esculpida por  Flory Gama

Maria Firmina não tinha posses, mas não vivia na probreza. Ocupava um lugar intermediário, porém mais próximo da pobreza do que da riqueza. Foi professora de primeiras letras e colaboradora de jornais literários, publicando poesias, ficção e crônicas. Ao se aposentar, no início da década de 1880, funda a primeira escola mista gratuita do estado do Maranhão. Essa iniciativa causou escândalo no povoado de Maçaricó, e a escola foi fechada.

Faleceu em 11 de novembro de 1917, em Guimarães, município do estado do Maranhão. Teve uma vida dedicada a ler e escrever, descortinando, assim, novos horizontes para as mulheres negras brasileiras.

http://autoresmaranhenseeparaense.com/Maria-Firmina-dos-Reis.php
http://jornalpequeno.blog.br/dinacycorrea/2013/04/maria-firmina-dos-reis-poetisa-escritora-e-educadora-maranhense/
http://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/8253/6250
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Firmina_dos_Reis